Até ao final de dezembro de 2021, está patente no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa, a exposição “Visões do Império”. Com curadoria de Miguel Bandeira Jerónimo e Joana Pontes, esta exposição reúne um vasto conjunto de imagens produzidas em contexto colonial por agentes e instituições muito diversas. Num momento em que está em curso um debate alargado sobre o colonialismo e as memórias coloniais, trata-se de uma iniciativa muito relevante para uma reflexão alargada sobre o uso da fotografia para a construção geopolítica, económica e sociocultural dos territórios coloniais portugueses entre o final do século XIX e as independências, ao mesmo tempo que destaca a importância dos arquivos que cumprem o encargo de guardar esse legado.

A Fototeca do Centro de Estudos Geográficos (CEG-IGOT-ULisboa) é entidade parceira da exposição “Visões do Império”, tendo selecionado e cedido uma fotografia do colonato do vale do Bengo (Angola), de Orlando Ribeiro, datada de 1960. Recolhida no quadro da Missão de Geografia Física e Humana do Ultramar, sediada no CEG e dirigida pelo próprio Orlando Ribeiro entre 1960 e 1973, esta imagem encontra-se incluída no núcleo expositivo intitulado “Os mundos do (sub)desenvolvimento”. Integra uma série de fotografias pertencentes ao espólio da Fototeca do CEG particularmente relevante para o estudo das práticas de reordenamento espacial das populações africanas realizadas na última fase do colonialismo português nos meios rurais de Angola e de Moçambique.

Site e Folha de sala da exposição: https://padraodosdescobrimentos.pt/evento/visoes-do-imperio/